Sinopse

Em uma região pobre do interior da Bahia, no final do século XIX, uma comunidade de sertanejos é atingida por uma grande seca, que prejudica as plantações. Oprimidos pelo pagamento de pesados impostos, muitos se rebelam contra a república e se unem ao pregador Antônio Conselheiro, que funda um arraial em uma fazenda abandonada. As ideias monarquistas do líder e a organização de Canudos eram consideradas ameaças ao governo republicano, que envia inúmeras tropas à comunidade com o objetivo de destruí-la.

O filme e seu tempo

Durante o governo Collor, a Empresa Brasileira de Filmes (Embrafilme), maior instituição financiadora da atividade audiovisual do Brasil, foi fechada. Após um período de retração do cinema nacional, com o apoio de incentivos como a regulamentação da lei audiovisual, em 1993, a atividade cultural brasileira e a produção de filmes ganharam novo fôlego. O filme, criado no contexto das celebrações do centenário da Guerra de Canudos (1896-1897), levou às telas uma das temáticas mais valorizadas nesse período, a seca, com o objetivo de denunciar as mazelas sociais do Brasil contemporâneo.

Trecho selecionado para a atividade

Do início aos 22 minutos: Esse trecho apresenta o cotidiano de trabalho duro da família sertaneja do personagem Zé e as pregações de Antônio Conselheiro. Após tentar vender algumas vacas magras na cidade para conseguir dinheiro, Zé recebe na propriedade da família fiscais da república, que cobram violentamente os impostos atrasados e tomam as vacas que já estavam vendidas. Revoltado com a violência e a miséria, Zé, a esposa e a filha mais nova se unem ao grupo de Antônio Conselheiro. Com medo, a filha mais velha, Luiza, foge. Depois de várias léguas de andança, o grupo de Conselheiro se fixa em uma região e funda uma comunidade. O trecho termina com uma conversa entre o líder religioso e alguns de seus seguidores, que são orientados a proteger Canudos.

Filme completo: